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Agricultura

A Suíça é um país neutro e tradicionalmente agrícola. Quando ele foi isolado durante a Segunda Guerra Mundial, os agricultores suíços alimentaram a nação.

Os prados e as pastagens representam uma área de três quartos das terras suíças. Os plantios de cereais e vegetais se restringem às áreas planas. Cerca de um terço das fazendas agrícolas está envolvido na produção agrícola de cereais. Para mais informações sobre a agricultura da Suíça, acesse o site do Departamento Federal de AgriculturaLink externo.

Modo de vida tradicional

O modo de vida dos Alpes é bem tradicional e baseado na manutenção de rebanhos e manadas. Ele requer um tipo de movimentação entre as pastagens de montanha e os vales abaixo.

Além das culturas de cereais, os agricultores mantêm rebanhos de bovinos, ovinos e caprinos, os quais são mantidos nos vales durante os longos invernos e levados para as pastagens dos Alpes, para a temporada de verão, de junho a setembro.

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Camponeses suíços, entre tradição e modernidade

Este conteúdo foi publicado em Não é fácil abordar o mundo agrícola. Tem a representação romântica, conservadora da Suíça como povo camponês independente, com espírito de liberdade. Por outro lado, a agricultura nacional provoca às vezes risos da população urbana. Atração turística, folclore, subvenções, mito… Essa ambivalência também está presente nas fotografia de hoje. O que é particular nas imagens…

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Os pastores vão juntos para as regiões dos pastos alpinos e vivem lá durante o verão em tradicionais chalés rústicos, cuidando dos animais e fazendo queijos. Esse ritual ainda faz parte da tradição, embora o automóvel e a telefonia móvel tenham feito muito para reduzir o isolamento dos pastores solitários.

Na Suíça os agricultores são famosos por seus produtos lácteos e a indústria do queijo é considerada como uma das pioneiras da industrialização e do processamento de alimentos.

Crise na agricultura

A Suíça vive uma crise na agricultura como em qualquer outro lugar do mundo. Hoje, as tradicionais pequenas propriedades não são mais rentáveis e nem mesmo viáveis.

Antes e durante a Segunda Guerra Mundial, cerca de 25 por cento da população trabalhavam na agricultura. Atualmente, representa apenas 3 por cento. Muitos desses agricultores que restaram sobrevivem apenas por terem diversificado suas atividades com uma segunda ocupação.

Já as fazendas com superfícies superiores a 20 hectares resistiram a essa tendência e os seus números são crescentes. Os agricultores suíços necessitam de 2,5 bilhões de Francos Suíços em pagamentos diretos e subsídios estatais todos os anos, sejam eles rentáveis frente aos concorrentes ou não. Algumas pesquisas estimam que o apoio aos agricultores suíços representa 4 bilhões de Francos Suíços por ano para os cofres públicos.

Os pagamentos diretos oferecem a vantagem de não simplesmente gratificar os que produzem além da média. Eles podem apoiar seletivamente setores da agricultura em consonância com a política agrícola do país. Por exemplo, a agricultura biológica. Atualmente, mais de 12 por cento do solo cultivado são cultivados de acordo com rigorosas exigências orgânicas.

Em última análise, os produtos agrícolas poderiam ser importados muito mais baratos do que os produzidos internamente, mas a Suíça quer manter um nível de auto-suficiência na produção de alimentos.

A agricultura tem futuro?

As subvenções à agricultura na Suíça são da ordem anual de US$ 59 bilhões por ano, em contraste com os países da UE que a circundam. Na União Europeia as regras da economia de mercado têm prevalecido, muitas vezes com consequências desagradáveis.

O grupo de pressão Avenir Suisse em uma de suas publicações recentes, acredita que a Suíça também deveria deixar a agricultura e transformar a região dos Alpes em um parque nacional, além de todos os cidadãos se deslocarem para as cidades.

Para eles, o modo de viver tradicional alpino deveria ser abandonado, o que significaria o fim das minorias distintas, como os falantes do Reto-Romano no cantão Grisões, que seriam duramente atingidos pela emigração para as planícies.

Há também um forte lobby agrícola que defende a preservação do setor.

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