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Desenvolvimento histórico

A Suíça tornou-se um destino turístico somente há cerca de 150 anos, sobretudo graças aos naturalistas, os escritores do Romantismo e apaixonados por aventuras.

Antigamente, os únicos visitantes que atravessavam o país eram pelegrinos com destino à Itália ou à Espanha, caixeiros viajantes com seus cortejos de cavalos carregados e alguns naturalistas pioneiros que desejavam explorar os alpes e sua fauna e flora.

Hoje existem mais de 4.500 hotéis no país. Eles oferecem mais de 248 mil leitos. Ambos os números diminuíram nas últimas décadas. Atualmente são aproximadamente 35 milhões de pernoites por ano.

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Da realidade ao cartão postal

Este conteúdo foi publicado em Elas exibem temas turísticos que ainda são retratados nos cartões postais contemporâneos e também paisagens desconhecidas do cantão do Jura e outras regiões periféricas. Os cartões mostram também como paisagens intactas acabaram sendo urbanizadas. Os arquivos mostram também o desenvolvimento da indústria do cartão postal, na qual cada vez mais, softwares como o Photoshop são…

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Os suíços estão ávidos viajantes em seu próprio país: em 2015, os turistas nacionais foram responsáveis por 45% dos pernoites no país dos Alpes.

Mais estatísticas sobre o turismoLink externo na Suíça podem ser encontradas no site do Departamento Federal de Estatísticas.

A grande viagem

Durante o século XVIII era chique que um jovem cavalheiro inglês fizesse uma viagem através da Europa continental com o intuito de aprimorar sua educação, visitando cidades históricas e paisagens. Esta viagem era conhecida como a Grand Tour.

Um dos “turistas” mais famosos deste período do séc. XVIII foi James Boswell, mais tarde, o autor da biografia de Samuel Johnson. A  Suíça fazia parte do roteiro da Grand Tour na rota de ida e volta da Itália. Foi lá que Mary Shelley encontrou inspiração para escrever sua famosa novela “FrankensteinLink externo“.

E no séc. XIX, poetas  e escritores românticos, tais como Lord Byron, Percy Shelley e sua esposa Mary passaram algum tempo na região do Lago Léman e dos Alpes, como parte de suas viagens através da Europa, transformando, aquilo que viam, em uma poesia maravilhosa.

A conquista dos Alpes

Por volta do séc. XVIII, exploradores suíços tais como Horace-Benédict de Saussure costumavam escalar os Alpes. 

Os picos Jungfrau e Faulhorn foram alcançados pela primeira vez em 1811 e 1812, respectivamente; a primeira escalada e trágica descida trágica descida do Mattenhorn ocorreu em 1865.

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Em meados do séc. XIX, os alpes passaram a ser conquistados ‘pico a pico’, principalmente por visitantes britânicos, que  até chegaram a fundar o Clube Alpino Suíço (SAC, na sigla em alemão). Essa organização permanence em operação até os dias de hoje, mantendo uma rede de chalés nas montanhas.

Advento do turismo em massa

O turismo suíço teve realmente início em 1858, quando o empreendor britânico Thomas Cook organizou seu primeiro pacote de férias através do território europeu.


Um dos primeiros participantes destas férias foi Sir Arthur Conan Doyle, que avistou as Cataratas de Reichenbach perto de Meiringen inspirando-se, assim, para encenar ali o fim do seu herói Sherlock Holmes no romance O Problema Final.

A construção de estradas por entre os estreitos montanhosos estava em curso e os meios de transporte, principalmente o transporte ferroviário, escancararam as portas dos Alpes para o turismo. A invenção do funicular significou a possibilidade de trens escalarem até mesmo as encostas mais íngremes das montanhas, o que foi largamente explorado pelos construtores suíços de ferrovias.

O final do séc. XIX vivenciou não somente o advento das estradas de ferro como também o do surgimento de hotéis, resultando naquilo que viria a suprir as necessidades dos turistas.

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