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Procurando trabalho na Suíça

Entender o mercado de trabalho

A Suíça é um país bastante estável, sobretudo na questão do emprego. Mesmo crises no cenário econômico mundial tendem a não causar efeitos catastróficos.

Mas não é fácil! Trabalhadores na Suíça têm uma carga média de 41,7 horas por semana em regime de horário integral.

Na Suíça, quem trabalha em regime de horário integral tem direito a 20 dias de férias remuneradas por ano, abaixo da média de muitos outros países europeus. Os feriados na Suíça variam de cantão para cantão e são em média oito ou nove dias por ano.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2012 em 72 cidades ao redor do mundo pelo banco suíço UBS, tanto Zurique como Genebra oferecem salários elevados e alto poder de compra em comparação com outras cidades em todo o mundo.

Existem diferenças regionais como mostram as estatísticasLink externo do Departamento Federal de Estatísticas. Disparidades são comuns entre as regiões da Suíça no tocante aos níveis salariais, o que é explicado através da natureza das atividades econômicas nos diferentes setores. A indústria farmacêutica paga salários elevados na região de Basileia. Nas cidades de Zurique e Genebra os habitantes desfrutam em geral de altos salários per capita e um forte poder de compra.

As taxas de desemprego também variam de acordo com as regiões. Na Suíça francesa e italiana, os salários são mais altos se comparados com as cidades das regiões de língua alemã e as mulheres tendem a ser mais afetadas em questões salariais do que os homens, sendo os estrangeiros mais afetados do que os suíços.

Trabalhadores estrangeiros

De cada quatro assalariados na Suíça um é estrangeiro e, independente do setor, a economia suíça não funcionaria sem os trabalhadores estrangeiros.

Um acordo entre a Suíça e a União Europeia sobre a livre circulação de pessoas trouxe um afluxo de novos trabalhadores dos países da UE para o país. Todavia, os eleitores suíços aprovaram nas urnas uma iniciativa popular em 2014 que reintroduz cotas para trabalhadores de países da União Europeia. Essa mudança das leis podem afetar os acordos de livre-circulação firmados com a UE. Mais informações podem ser encontradas aquiLink externo.

O maior grupo de trabalhadores imigrantes da UE são os italianos e a maioria deles permanece no país por períodos curtos. Mas curiosamente, os italianos são os mais propensos a permanecerem na Suíça por mais 30 anos.

A Suíça também atrai muitos imigrantes alemães. Eles formam um dos maiores grupos no país, sendo na maioria altamente qualificados. Em geral, eles permanecem no país por menos de quatro anos como gestores, professores e trabalhadores do setor médico.

Trabalhando ilegalmente

É ilegal exercer qualquer atividade remunerada na Suíça sem uma autorização legal (documentada através de um visto de trabalho) e fazê-lo é punível por lei. Legalmente a pessoa não pode começar a trabalhar, mesmo se o emprego for garantido através de um visto, antes do registro frente às autoridades locais. Não inicie um trabalho antes de ter completado esses passos (ver o artigo sobre autorizações de trabalho).

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“Chegam sem informação e são explorados”

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Trabalhar ilegalmente não sujeita apenas a pessoa a ser multada, mas também o próprio empregado pode ser punido pelo Estado. E cuidado: não há leis que garantem que um empregador remunere uma pessoa se o trabalho for feito ilegalmente.

Trabalhadores transfronteiriços

Os transfronteiriços são uma categoria especial de trabalhadores da UE. Originalmente, eles deveriam viver e trabalhar nas zonas fronteiriças específicas. Hoje essas restrições não se aplicam mais.

Mais da metade deles vive na fronteira da França com a Suíça e um número menor vem das fronteiras da Itália e da Alemanha. A grande maioria deles trabalha no noroeste da Suíça em torno do lago Genebra e no cantão Tessino.

Para mais informações sobre os trabalhadores estrangeiros na Suíça, consulte a página do Fórum Suíço para Estudos das Migrações e da PopulaçãoLink externo.

Considerações gerais

A Suíça é um país bastante estável em relação a emprego. Mesmo crises na economia mundial tendem a não causar efeitos catastróficos no país. Os empregadores dos setores do comércio e da indústria são bastante relutantes no que concerne a demitir pessoas. Eles preferem reduzir as horas de trabalho e tomar outras medidas até as crises passarem a demitir seus funcionários.

Há também trabalhadores autônomos de vários tipos exercendo uma profissão no país. Depois de um tempo como empregados na Suíça, os trabalhadores estrangeiros que decidirem seguir por conta própria necessitam obter o registro como autônomos dos governos cantonais. Normalmente, os clientes exigem dos autônomos registros e documentos antes de contratá-los. Caso contrário, eles podem encontrar-se em dificuldades, pois a legislação trabalhista a esse respeito é bastante rigorosa.

Para obter informações sobre emprego e desemprego, consulte o portal Link externodo governo para desempregados.

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